AMOR! AMOR? AMOR...

Certas vezes, nos deparamos dizendo um "eu te amo". Em silêncio, em segredo, em voz alta para que todos escutem aquilo que guardamos dentro de nós, e apenas dentro de nós. Algo tão grande que exala de nós, como o perfume mais doce.

Os textos mais bonitos, as frases mais suaves, os olhares mais cativantes, todos são frutos desse aperto no coração que sentimos quando estamos próximos à pessoa amada, mesmo que o mais perto que ela chegue seja num pensamento, numa lembrança, numa flor guardada em uma agenda.

"Você pode amar várias pessoas, de várias formas diferentes". Confesso que já amei. Amei cegamente, perdidamente, loucamente, tive amor platônico, meu primeiro amor (e que amor), amor bandido, amor proibido, amor sereno, amor sofrido, mas amei. Amei? Não, amo.

Se você realmente amou alguém, e de verdade, esse amor durará para sempre. Sempre que se lembrar dele, você vai bambear, seu coração parar, e você fechará os olhos para poder senti-lo mais um pouco. Se vê-lo então, não pare para pensar que suas pernas estão tremendo, e você está parado, imóvel, fazendo cara de bobo, pois estará bem assim. E que lindo ele estará, o seu amor, seu bem-querer.

Às vezes se entregue, às vezes se guarde, mas sinta. Sinta, aprecie, seja, viva o amor. E que, assim como o poema, que arda infinitamente dentro de ti, e que seja com toda intensidade enquanto dure.

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure