Faço minha colcha de retalhos. A mesma que todos fazem quando juntam os cacos.
O mesmo exemplo que dão quando têm os pedaços da vida nas mãos mas não sabem deixá-los perfeitos, prontos para aquecer numa noite de frio.
Queria tecer uma colcha de lã. Única, igual, perfeita, milimetricamente correta.
Mas continuo costurando os retalhos.
E como dói quando furo os meus dedos.
Cada parte, cada face, cada estampa, cada sentimento.
Que sejam grandes o suficiente para cobrir meu coração.